Após 12 anos de espera, jovem se forma em Direito e defende a mãe.
- Rádio Cultura

- 23 de mai.
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A baiana Camila Pita, de 27 anos, emocionou o país ao protagonizar um dos julgamentos mais marcantes da cidade de Valença, no baixo sul da Bahia. Após 12 anos de um processo doloroso, ela defendeu a própria mãe, Rosália Maria Pita, acusada de homicídio qualificado pela morte do então namorado, José Antônio Silva, em 2012 — e conquistou sua absolvição no tribunal do júri.

Foto: Arquivo pessoal.
Quando tudo começou, Camila tinha apenas 14 anos. Acordou em 13 de março de 2012 com a polícia à procura da mãe. O que parecia um pesadelo se transformou em uma longa batalha judicial. Mesmo colaborando com as investigações, Rosália passou de testemunha a suspeita, e a investigação se arrastou por mais de uma década.
A adolescente, inconformada com a lentidão do caso e com o que considerava uma falha na investigação, decidiu estudar Direito para compreender cada passo do processo. O plano inicial era se tornar delegada, mas ao assistir a um júri com uma advogada jovem, se encantou com a profissão.
Camila se formou em 2021 e, em novembro de 2024, fez parte da equipe de sete advogadas que atuaram na defesa da mãe. Com a cidade mobilizada e os olhares voltados para o Fórum de Valença, o júri durou mais de 17 horas — e terminou com a tão esperada absolvição de Rosália.
Os jurados consideraram que não havia provas suficientes da materialidade do crime, ou seja, não ficou comprovado que o homicídio realmente aconteceu. Com isso, Rosália foi inocentada e o processo foi oficialmente encerrado.
A história ganhou destaque nacional como um exemplo de coragem, determinação e amor familiar, e serve como inspiração para muitos jovens que enfrentam batalhas semelhantes em busca de justiça.











